O mês antes do último. Sente-se o fim a chegar. Do ano. De capítulos. De… Não chegam palavras. Por incrível que pareça, não sei o que dizer. Não sei o que fazer. Como dar forças aos que precisam quando não se tem. Como fazer planos, quando o passado dói tanto. A única certeza que Novembro me trouxe é que as coisas nunca mais seriam as mesmas. Merda a vida é isto. A perda faz parte. Todos nós vamos perdendo pessoas mais cedo ou mais tarde. E o espaço que essas pessoas ocupavam dentro do coração, da vida, dos momentos, das memórias. É substituído pela dor da sua falta. É impossível apagar essa dor. Mas é possível aprender a viver com ela. Eu tenho a certeza disso. Meu querido Novembro, és, e serás sempre a lembrança da paz que me falta. Do sorriso leve. Do rodopio de emoções. Do abraço que não chegou. De casa. Da esperança em cada fim. Dezembro vem depressa e traz a luz. E ajuda-me a procurar forças onde elas não existem. Vem, porque ainda há muitos os que precisam de mim.

Cristina R

Novembro

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